Words Challenge 2022 - Cowboy

Postado em 11 de março de 2022 às 06:30


Hey cupcakes! Como vocês já sabem, eu e a Alê do blog Estante da Alê anualmente preparamos com muito carinho um desafio de palavras durante o ano todo, onde podemos nos desafiar e trazer um texto diferenciado no conteúdo dos nossos blogs. No ano de 2021, fizemos alguns clichês que amamos - cada mês um tema. E, nesse ano, os clichês continuam, porque tem muito clichê e muitos crushes! Os temas são diferentes e esperamos que vocês possam curtir e continuar nos acompanhando no Insta Rascunhando Memórias. Que tal conferir o nosso tema da vez na minha versão de um Cowboy bem interessante?

words challenge desafio palavras bill juliette 2022

Continue lendo para conferir!

Põe pra tocar: Pra que juízo? - Henrique e Juliano


Elenco:
Personagem Masculino: Arcrebiano
Personagem FemininaJuliette

Palavras: 
coxa, coleção, palito, fivela, código, original

Não é possível. Não me conformo.

Era pra ser SÓ uma noite de sertanejo com as amigas e NADA mais.

Nada além disso.

Mas claro que tinha que me aparecer uma figura dessas. Tudo para atrapalhar minha noite e embaçar minha visão para os possíveis bofes... Só que não existem possíveis bofes que não fossem... Ele. Como poderia, né?

Vai, mana, me entenda. Esse é tipo certeiro de homem que não deveria É NUNCA cruzar meu caminho.

E o que aconteceu? Cruzou na primeira oportunidade. Que diacho!

Mas com aquela calça jeans abraçando as coxas muito bem torneadas, diga-se de passagem, a camiseta xadrez preta com um botão a mais aberto e, além disso, a fivela do último rodeio, faziam o conjunto perfeito para entrar como o líder do "bando" de homens e chamar a atenção de todas as mulheres presentes no recinto, óbvio.

Com exceção da minha.

A não ser para promover risadinhas e falar o quão ridículo ele era. Ou estava, com aquele fivelão... Afe!

Mas... A quem eu quero enganar, né?

Depois que chegou no bar, pediu cerveja para os amigos, porque disse que era o motorista da noite, eu simplesmente esbocei mais que uma simples reação de indiferença. Colocou o chapéu no balcão.

Cadê o copo de cerveja na mão? O chopp? Pedir um copo do litrão? O cowboy tá descontruído, meu Pai. E cá entre nós, eu adoro um cowboy.

Mas nada. Nem cheiro de fumaça esse homem tinha. Só um perfume gostoso que nem ele. Visse, mainha!

Arqueei minhas sobrancelhas e tomei um gole da minha água com gás com muito limão.

— E aí, morena... Acho que nunca te vi por esses lados. — Ele me olhou de cima a baixo e virei para o outro lado. Não sei porque inventei de usar vestido curto logo hoje. Bem que Carolzinha me avisou...

Ignorei, porque ele certamente não deveria estar esperando uma resposta. Mas claro que o bonitão estava.words challenge desafio palavras bill juliette 2022

Aliás, eu já mencionei que ele era BEM bonitão? Cabelo castanho, olhos tão escuros que me faziam pensar em desejo e a barba por fazer. Sério, por que tinha que ter uma barba por fazer, pra ajudar? Esse ponto entra para a coleção de atributos físicos que mexem com meu psicológico e isso é uma coisa, sabe porque? Porque NÃO PRESTA.

— Eu tô falando com você, morena... —  Ele enrolou uma mecha do meu cabelo na ponta do seu dedo, tentando mais uma vez, e olhei para onde ele estava tocando em meu ombro. Arqueei ainda mais a sobrancelha, como se isso fosse possível. —  Espera.... VOCÊ TÁ GATA PRA CACETE, VEM AQUI!

Ele me puxou para um abraço de urso e pude sentir tudo que não deveria: pele macia, o perfume perto, barba roçando no meu pescoço quando ele me puxou e sussurrou no meu ouvido, enquanto eu empurrava ele e.... — Mariazinha!

Ah, não...
Parei no lugar.

Só quem me chamava de "Mariazinha" era o ...

— LUIZ RICARDO? SEU CABRA DA PESTE!!!!

Pior que eu o conhecia, só que ele estava muito diferente. E fazia muito tempo que não o via.

O melhor amigo do meu irmão.

NÃO PODIA SER!

Aí que empurrei ele de vez, mas para encarar o diacho de frente. Maria, Jesus e José...

— SHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.... — Ele colocou o dedo em riste na minha boca, demorando o olhar nos meus lábios. — Ricardão, gata. Ricardão pra você agora.

Desde quando esse homem vem com isso pra cima de mim, visse? Foi nesse momento que eu tive um ataque de riso.

— Abandonou seu antigo nome, é? — Falei sussurrando, voltando à minha "bebida". Minhas amigas estavam na frente do palco do cantor sertanejo do momento. Gustavo Zanotto, ou algo do tipo. —  Ricardinho do palito...

Fiz uma careta de dentinho e ele começou a gargalhar.

— Você acha mesmo que alguém iria me dar moral se eu aparecesse com aquele nome de novela mexicana? — E o dedo na minha boca. —  E nada daquele apelidinho sem vergonha que você me deu.

Ele continua puxando o "R" no "vergonha". Fofo. Dei de ombros. Não me interessa. Para ser bem sincera, se ele tivesse ficado de boca fechada, ele poderia ter o nome de um planeta do sistema solar, que eu não me importaria de dar uns beijos nele, porque eu nem o reconheci... Mas agora é o Luiz Ricardo.

Perdeu a originalidade.

— Perdeu a fala?

— Oxe, homem... —  Afasto a mão dele. —  Eu só não tenho nada pra falar.

— Mariazinha, você é tagarela. Sempre tem alguma coisa pra falar. — Bufei. Algumas coisas não mudaram, mesmo ele estando fisicamente bem diferente. Ele falou alguma coisa com seus amigos e me puxou pela cintura com um toque suave que não reconheci. — Vem cá, vem dançar comigo.

— Como tu sabe que eu não vou te enxotar? Eu nem sei se quero dançar... —  Ele continuou me levando para mais perto da música, porém, ainda longe das minhas amigas. Vi Carolzinha me observando, assim que o show terminou e fiz um joinha com uma piscadinha, dizendo em código que estava tudo bem. Esse doido não faria nada que eu não quisesse. O problema é que... Eu não tinha certeza de que não quereria.

— Primeiro: porque seu irmão não está aqui... — Ele pontuou pegando minha mão e acariciando minha cintura com a outra. — Segundo: porque você ama essa música. — Não pude evitar um sorriso. Tá vendo como é cabra da peste? — E terceiro...

Como ele se lembrava? Ele fez o passinho que eu costumava dançar sozinha nas festas que meu irmão era obrigado a me levar.

Cadê meu juízo depois disso?

— Você aprendeu a dançar, Luiz Ricardo!

Ele me deu um sorriso sacana, meio de lado.

— Agora você quer dançar comigo, morena?

Não pude evitar um sorriso.

— Só se for até amanhã.

Ele passou a barba pela minha bochecha e depositou um beijo no meu pescoço

— Tudo que você quiser, morena. 

O cowboy vai te pegar começou a tocar e a noite? Prestes a começar.

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10 comentário (s)

  1. Oi, Pamela. Como vai? Ficou ótimo o texto, viu. Você como sempre arrasando em suas histórias. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. O engraçado desse texto é que parece que foi ontem que você o escreveu, porque eu lembro muito dos seus surtos com Juliette e Bill. kkkkkkkk
    O que se tornou Jadré pra mim hoje. Loucura como o mundo dá voltas e a gente fica com boas lembranças. Porque mais que um texto, essa sua história representa um pouco nossa amizade, que respeita os shipps e ainda incentiva a gente a surtar cada vez mais. Então, obrigada por colocar nossas "expectativas" em um texto tão gostoso e envolvente.
    GRANDE BEIJO Pamzinha
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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    1. Nossa, como passou rápido, né Ale? rsrsrs
      OBRIGADAAA POR SER MINHA GRANDE INCENTIVADORA, AMIGA ♥

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  3. Oi Pâm! Que texto leve, divertido e charmoso. Deu até vontade de saber mais desse casal, pois está na cara que formaram um belo casal. Eu adorei. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

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  4. Olá, Pâm.
    Mais um texto excelente, parabéns. Acredita que não leio muito histórias de cowboys? Como tenho medo de cavalos, procuro ficar longe desse tema hehe.

    Prefácio

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