Ler Colleen Hoover pra mim é sempre sair da zona de conforto e Layla certamente foi isso. Ele tem uma pegada de romance leve, mas tem um thriller e um jogo psicológico, que te faz pensar "Oh, não!" e "Espera! O que tá acontecendo aqui?". 

Se vemos esse estilo, certamente podemos associar a Verity, que foi o livro de estreia da autora nesse estilo e foi algo muito diferente, que dá aquele nó na cabeça. Não foi o mesmo sentimento, mas eu me sentia a cada página mais curiosa para saber em que pé que ia dar. O começo não me disse NADA, digo novamente, NADA de dica do que tinha acontecido. Depois que foi desenrolando a história, eu só ficava mais e mais surpreendida pelo tom que a história tomou.

Tirei uns pontinhos por alguns motivos. Eu tive um problema para me conectar com os personagens, o Leeds me deixava um pouco confusa, ora eu amava, ora eu odiava e não consegui criar aquela conexão, sabe? Aquele sentimento confuso entre a raiva e a confusão, de fato, entre o real e o irreal, entre o certo e o errado. Me fizeram questionar não apenas o personagem como eu mesma, e em relação ao personagem, eu me vi desapegando dele por vários motivos. Talvez estivesse esperando me apegar mais a Layla, mas senti como se ela tivesse ficado um pouco na sombra, sabe?

Não tem a ver diretamente com religião, mas de certa forma tem a ver com o que você acredita. No entanto, essa foi a proposta do livro, é algo fora do comum e algo que muitos acreditam e também algo que muitos não acreditam, e a autora te convence a ler a história em cada página, a ficar na curiosidade para saber onde tudo isso vai dar e certamente não é algo que você vai imaginar logo de cara, e isso é muito legal, sabe? Não considero o melhor livro que li da CoHo até agora, mas é um livro bom e que te intrigar do início ao fim e valeu a leitura!