Words Challenge 2020 - 1500: Descobrimento do Brasil

Postado em 17 de janeiro de 2020 às 06:00

Hey cupcakes! Como vocês já sabem, eu e a Alê do blog Estante da Alê anualmente preparamos com muito carinho um desafio de palavras durante o ano todo, onde podemos nos desafiar e trazer um texto diferenciado no conteúdo dos nossos blogs. Esse ano de 2020 escolhemos alguns anos marcantes para o Brasil e o mundo e acreditem: tô pasma de como os desafios estão fazendo nos desafiarmos mais e mais e como cada tema pode ter um desenvolvimento completamente diferente do que a gente imaginou. 

O primeiro ano escolhido, foi o Descobrimento do Brasil em 1500. Mas o que pode estar acontecendo por lá em nossa visão?  Continue lendo para conferir e não deixe de conferir também no Estante da Alê!
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Palavras: coração, dificuldade, tormenta, mente, sombra, reintegrar

Desafio de Janeiro/2020

Sinto o vento beijar meu rosto. A brisa leva meus cabelos loiros na altura do pescoço para longe. Meus olhos ardem, talvez pela claridade, tanto do sol quanto da cor de esmeralda, que minha mãe dizia que eles tinham. A saudade que sinto ao me lembrar dela me aperta o coração, sabendo que estou a muitas milhas de distância de casa.

Meu primo Pedro, apesar de metido, sabe muito bem o que está fazendo e é sua chance de colocar seu nome na história ao tentar descobrir uma nova terra. Só não posso deixá-lo descobrir que temos uma mulher a bordo, e não é qualquer mulher. Leonor é minha vizinha de infância e se tornou uma morena decidida e cheia de curvas que posso ver com atenção, por mais que estejam todas escondidas por uma camisa e uma calça masculina... E eu... Bem, eu estou acobertando essa mulher que me faz ter dificuldade em manter as mãos longe dos meus bolsos.

A verdade é que seu sonho é navegar pelos sete mares e quando ela descobriu que eu viria nessa missão, não me deixou em paz até que eu a trouxesse junto como se fosse um primo distante. Seria muito melhor se ela tivesse decidido ficar quieta em sua casa e não atormentar a minha mente como vem fazendo todos os dias quando passa piscando e levando caixas para cima e para baixo. Alguém poderia pedir para ela não passar rebolando daquele jeito com aquele sorriso com covinhas? Isso me mata toda vez.

Numa dessas noites, quando todos os outros marinheiros já tinham ido se deitar, planejando quantas mulheres encontrariam em terra firme, eu ainda estava sentado em uma almofada puída, olhando para o céu. Algumas poucas chamas estavam acesas e o céu se estendia por sua imensidão escura, permeado de estrelas e uma lua ao longe. O céu sempre me fez divagar e me perdi em pensamentos, sem perceber que uma sombra tinha se sentado ao meu lado.

— Eduardo. - Uma voz que tentava soar mais grave falou baixo.
— Leo... Nor. - Sussurrei mais baixo ainda, sem olhar para ela, sabendo que iria tirar totalmente minha concentração de encontrar a Ursa Maior.
— Obrigada por ter me trazido aqui. Vosmecê não tem ideia da dádiva que me trouxe podendo saber como é navegar por esses mares. Pedro é...

Não... Ela não podia estar apaixonada por meu primo. Deus, por favor, não...

— Um nojento. Porém, sabe como comandar uma tripulação, disso não tenho qualquer dúvida.

Soltei uma risada, porque certamente não era o que estava esperando.

— Espero que quando voltarmos, possamos nos reintegrar à sociedade com a tal facilidade com que saímos dela.
— Por que diz isso?

Seus grandes olhos castanhos me atiravam balas a cada mira certeira que me dava.

— Fazer coisas que não fazemos comumente para seguir nossos sonhos. Desejos. Vontades. E depois ter que lidar com as consequências... Não é algo que faço com frequência.

Mordi a boca. Deus, me ajude a reprimir a vontade de encostar meus lábios nos dela.

— É, acho que você tem razão. Talvez... A gente tenha que viver para saber. - Voltei meu olhar para o céu. Era muito difícil focar em uma estrela quando a mais brilhante delas tinha os olhos voltados para mim.
— Será que vamos viver até lá?
— Eu espero fervorosamente que sim. Ainda há muito para viver... Muita coisa para descobrir. - Olhei novamente para ela, que tinha voltado os olhos para o mesmo ponto que eu focava.

É, talvez eu estivesse a apenas um passo de descobrir não uma terra nova, mas um sentimento novo que vinha tomando parte do meu peito.
E eu estava pronto para senti-lo.
• • •
Tava com tanta saudade disso que vocês não tem noção! 

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15 comentário (s)

  1. Oi Pamzinha!
    Vcs foram longe hein, 1500 hahah
    Esse merecia uma continuação hein?
    Bjs
    http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com

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  2. adoro ler seus textos, mt legal terem ido buscar essas ideias lá em 1500

    www.tofucolorido.com.br
    www.facebook.com/blogtofucolorido

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  3. A GENTE ARRASA! AFF.... QUE ORGULHO!
    2020 vai ser nosso ano, Pamzinha. E isso porque a gente nem terminou de escrever todos os Challenges!

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  4. Olá...
    Acabei de ler o texto da Ale e fiquei impressionada com o desafio de vocês... Sério, achei o tema bem difícil de escrever, ainda mais em 1500!!!
    Assim como a Ale, você arrasou demais e amei conferir o texto... Vou concordar com a Carol, esse merecia continuação ;)
    Bjo

    http://coisasdediane.blogspot.com/

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  5. Oi, Pânzinha

    Adorei que você criou um personagem primo do Pedro Alvares Cabral! Hahaha
    E agora, será que a Leonor iria corresponder aos sentimentos do Eduardo? Como fica a curiosidade? Hahahahha

    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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  6. estupendo ! Espero tu opinión en mi última entrada! Feliz noche! 💓💓💓

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  7. Oi
    que legal que o desafio está de volta adoro ele e os textos que posta, achei bem legal o tema desse, boa história.

    momentocrivelli.blogspot.com

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  8. Adorei, Pam! Bem no estilo One Piece, só que brasileiro hahauhaa
    aos poucos eu vou me atualizando nos challenges. Beesos

    https://www.rapeizedinamica.biz For digital entertainment and goood reading

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