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Words Challenge 2021 - Amor Proibido

Hey cupcakes! Como vocês já sabem, eu e a Alê do blog Estante da Alê anualmente preparamos com muito carinho um desafio de palavras durante o ano todo, onde podemos nos desafiar e trazer um texto diferenciado no conteúdo dos nossos blogs. Esse ano nossas postagens vão ser um pouco mais completas, com direito a elenco, trilha sonora e cenários... Vocês poderão ver um pouquinho delas no Insta Rascunhando Memórias. Que tal conferir o nosso tema da vez na minha versão de Amor Proibido?

Continue lendo para conferir!

Põe pra tocar: Waiting for Superman - Daughtry


Elenco:
Personagem Masculino: Peter Porte
Personagem Feminina: Evan Rachel Wood

Palavras:
vermelho, quântico, oportunidade, graça, experimentar, sombrio.

Quão doce poderia ser aquela boca?

Ela povoava meus sonhos com um sorriso cheio de farinha que eu sujei e depois nós...

Qual é... Eu era só o padeiro, vestido com uma camisa e uma calça social, livre por um momento para tomar champagne e comemorar o lançamento do novo sabor da empresa.

Eu já estava recebendo mensagens do andamento da cozinha e ela... E ela era a filha do dono. 

Não de um dos sócios majoritários, mas a filha do homem que criou o império dos biscoitos em território brasileiro, levando a marca e o nome para além terra e agora começava a se aventurar fora do Brasil.

Só que ela não me conhecia, apesar de eu saber tudo sobre ela. É o que eu sempre achei.
Escondido atrás de fornos, fôrmas e olhares curiosos para a moça que sorria para todos aqueles que trabalhavam para seu pai.

Retorno para o presente quando vejo seus olhos ansiosos olharem para o pai, esperando o momento certo de pegar o microfone.

Os olhos verdes perscrutando o ambiente agora escurecido, iluminado por pequenas luzes por todos os lados. Com um sorriso de lábios vermelhos, sobrancelhas arqueadas e o anel de brilhantes na mão direita já sendo um grande alerta. 

Como eu poderia me esquecer? A noiva do homem que vai herdar a construtora da cidade. 

Ouço vozes, mas não estou realmente prestando atenção nelas. 

Noto o vestido preto florido que cai justo até os tornozelos e o salto alto... Ouço cada palavra até ela ser substituída por uma das sócias.

Desvio o olhar para a mulher que me cutuca agora.

— Ah, desculpe. Eu estava limpando a farinha da sua camisa... — Só se fosse algum tipo de pó de nível quântico, porque a camisa estava absolutamente limpa e bem longe da farinha que eu supostamente deveria estar me aventurando nesse momento.— Você é o padeiro, não é?

Sempre existe alguém que não pode perder a oportunidade de tentar te deixar para baixo e usar seu nome com desdém... Mas você precisa seguir em frente e não deixar essas coisas te abalarem.

É o que digo agora.

Essa mulher me analisa de cima a baixo, viajando os seus olhos azuis por meu corpo e me deixando muito desconfortável.

— Sou sim, senhora....?

— Senhorita Duarte.
Ah, claro... Uma das sócias majoritárias. Pra variar... 

— Isso. Sou o padeiro, e, inclusive, a senhorita já poderá provar o novo sabor em alguns minutos, assim que a próxima rodada da degustação dos novos sabores saírem do forno . — Olhei para o relógio para enfatizar. Ela correu os olhos até pelo acessório...

— Certo. Já estou ansiosa para experimentar se é tão bom assim... 

— Na verdade, você vai se surpreender porque é muito melhor. Devo dizer que é uma das melhores coisas que já provei desse cardápio. — A voz atrás de mim é pouco conhecida, mas já ouvi algumas vezes, disso tenho certeza.

— Hum. Sei. Vamos ver, Narizinha.

— Meu nome é Rúbia Renata. E você sabe que eu não gosto do motivo desse apelido, como já te falei várias vezes. — A voz atrás de mim se coloca ao meu lado, revirando os olhos verdes. — Acho que nosso padeiro tem outras coisas mais importantes pra fazer do que ouvir nossa discussão, não é verdade, Sr. Ferreira?

Como ela sabe meu sobrenome é novidade pra mim.

— Hm...Claro. Com licença, senhoritas...

Dou três passos em direção à cozinha quando sinto uma mão gentil meu braço.

— Eu só queria despistar a Duarte. Eu vi que você estava em apuros e eu mesma gostaria de uma ajuda se ela ficasse no meu pé. — Rúbia revira os olhos e me olha com um sorriso divertido, muito diferente do semblante sério que ela estava apresentando ao lado de seu pai. — Você não precisa ir pra cozinha agora, se não quiser.

— Não? 

— Claro que não. — Ela se aproxima do meu ouvido para sussurrar por um momento. — Você é livre, sabia? Deveria aproveitar essa... Vantagem.

E pela primeira vez quando encaro seus olhos, vejo que eles parecem cansados.

— Ah! Prazer em conhecê-lo. Rúbia Renata. Mas pode me chamar de Rúbia... — Ela oferece a mão e a seguro. Sua mão é suave perto das minhas mãos cheias de calo. Meu pai vive falando de você.

— É mesmo? 

— Sim. Eu sei do seu trabalho e nós todos adoramos.— Ela sorri de lado e me olha sem graça. — Particularmente, meu favorito é o novo pão de chocolate. 

— Com gotas de chocolate amargo?

Ela assente com um sorriso.

— Meu... Noivo odeia chocolate, mas por alguma razão, é o meu deleite e sempre me faz sorrir. 

Vejo uma mão agarrar seu ombro possessivamente e um brilho sombrio passa por seus olhos. Tudo que posso pensar é que talvez ela esteja escondendo algo que não deveria sequer cogitar.

— Vamos voltar pra lá, amor? 

Vejo o olhar de tristeza que ela olha para a aliança em sua mão, apertando o anel. 
Eu pigarreio e ele me olha, perspicaz.

— Na verdade, tenho alguns assuntos para tratar com ela sobre a contratação do novo sabor do negócio. 

— Acredito que posso participar da reuniãozinha... 

— Então, são assuntos confidenciais, por enquanto. — E me dirijo a ela. — Gostaria de conversar com a senhorita antes disso, tudo bem?

Ela assente com um sorriso surpreso. 

— Com licença, Paolo. Vou tratar de alguns assuntos com o Sr. Barros e depois conversamos. 

Ela me acompanha e posso ver o agradecimento sem palavras sair de seus olhos brilhantes e penso que não deveria, mas como evitar a conexão que sinto com essa mulher que eu não deveria nem me aproximar?

Talvez a nossa saída seja apenas... Arriscar.
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12 Comentários

  1. Oi, Pamela. Tudo bem? Menina que texto incrível. Você está impecável na elaboração deles. Parabéns. Muito bom vir aqui e ler suas histórias. Abraço!



    http://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Muito interessante este post, meus parabéns.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-claro.blogspot.com

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  3. Oii, adorei a historia. Você está de parabéns👏😍.
    Beijos!
    https://deliriosdeumaliteraria.blogspot.com/?m=1

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  4. Oi Pam,
    A única coisa que consigo pensar é: Como assim o noivo dela odeia chocolate? Hahaha. Apesar de que seria bom né? Ela nunca teria que dividir com ele. Mas, era de se esperar que ele fosse do mal, afinal, sempre desconfio de quem não gosta de chocolate.
    Enfim, sobre o texto. Já falei o quanto acho que você escreve bem né?! Acho genial como você e a Ale conseguem incluir palavras aleatórias em um ótimo contexto.
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥

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    1. Essa parte de não ter que dividir é boa KKKKKKKKKKKK
      KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
      SEMPRE DESCONFIO DE QUEM NÃO GOSTA DECHOCOLATE, EU TB


      OBRIGADA ♥

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  5. Adorei Pam! Escreveu muito bem!
    Cá pra nós esses amores
    proibidos são os melhores!
    E que padeiro, em?

    😃😘

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  6. Eu A-M-O esse desafio de vocês. Eu tava bem curiosa para saber como você iria encaixar o "quântico", hahaha. Amei sua criatividade e o texto ficou incrível! =)
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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    1. OBAAAAAAAAAAAAA
      OBRIGADA!!!
      Fico feliz de ter agradado ♥♥♥

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