Hey cupcakes! Dentro de alguns dias é Natal e hoje é também o dia do último challenge do ano. Foi um ano muito especial para os nossos challenges: escrevemos textos que, cad vez nos surpreendemos e nos apaixonamos mais. Esse, em especial, é um texto que gostei muito e me apaixonei demais. Tanto pelo meu quanto pelo da minha querida Alê do blog Estante da Alê - esse anoos challenges mudaram e estamos um pouco mais ousadas: aumentamos os textos, aumentamos as palavras e estamos fazendo personagens inspiradas em cada mês. Agora estamos em dezembro e existe, ao menos, um personagem sagitariano (a) nos nossos textos com características como divertido, otimista, atrapalhado, divide atenções apesar de não focar em ninguém. Lembrando que o tema é Natal😉
Continue lendo!
Challenge 2019 - Dezembro
Palavras: redor, época, parar, risada, avião, união, noz e frango
Posso ver as nuvens sobrevoando a cidade ainda muito pequena lá embaixo. Essa seria a última cidade da turnê de 2019 e eu já estava divagando sobre as comidas que teriam nessa nova cultura para esse final de ano. Eu e meus companheiros pegaríamos alguns dias de férias por aqui mesmo.
A saudade apertava dos meus pais que ficaram em Bosa, na Itália, mas eu fingia que estava tudo bem mesmo nessa época e seguia em frente, afinal viajar é algo que amo fazer quase tanto quanto cantar. Vejo as mensagens que deixei para trás e ignoro todas elas. Mulheres lindas povoavam meus contatos e me enchiam de convites, os quais eu sempre tinha de recusar devido à minha agenda extremamente cheia nessa tour pela América Latina. No final, eu iria recusá-las, afinal, nenhuma delas conseguia manter uma conversas divertida e agradável por mais de dez minutos, assim que outra coisa se tornava mais interessante, é claro. Não me entenda a mal - eu não sou um rapaz que fica com várias mulheres.... Converso com todas, fico um tempinho a mais com algumas... Mas é só. Não sou muito de namorar... Mas também quando fico, eu gosto mesmo tanto que o meu último relacionamento durou quatro anos e acabou por distanciamento de muitas coisas e não apenas de lugar.
- Ignácio? Mal pousamos e seu celular não pára de vibrar. Quantas você dispensou dessa vez? - Antônio, que todos conheciam por Gianpaolo, me perguntou já desligando o seu telefone.
Eu sorri e ignorei a pergunta. Era sempre a mesma coisa, eram sempre os mesmos assuntos. A nossa união sempre foi algo maravilhoso entre nós, e a cumplicidade que construímos ao longo dos anos é algo que jamais pode ser vendido ou comprado - a verdadeira amizade.
O show seria em três dias e até lá eu tinha algumas coisas para conhecer, alguns lugares para visitar. Assim que saímos do avião, nos dirigimos ao hotel e, deixando minhas coisas lá, saí para espairecer. Como a barba estava por fazer, coloquei um boné e óculos escuros e, de repente, a cidade me parecia muito mais proveitosa.
As cores, as pessoas, a cidade grande era algo que sempre me encantava em nossas viagens. Preparei a câmera para o clique de um prédio alto e dei um passo para frente para o ângulo que seria o perfeito.
Não fosse pelo desastre que eu sou, é claro, tropeçar em algo e cair de joelho, mantendo a câmera no meu peito para que não quebrasse.
O problema é que não tropecei em algo, mas sim em alguém.
E devo dizer que existem alguns momentos que tem o segundo exato de acontecer.
E esse aconteceu com uma mulher muito interessante, diga-se de passagem.
Talvez ela não fosse nada igual aos corpos esculturais aos quais estava acostumado a observar no mundo artístico, e mesmo assim, tinha algo que eu conseguia me identificar, na calça jeans gasta, All Stars nos pés, óculos de grau na ponta do nariz e olhos grandes e castanhos.
Ela estava ocupada demais olhando para a pilha de livros de romance que havia deixado cair no chão e enrubescia enquanto eu pegava aquelas capas com casais e homens sensuais estampando-os. Quando eu vi, já tinha soltado uma risada sem querer.
- Me desculpe, me desculpe.
Fiquei me perguntando se eu poderia ter dado meu sorriso charmoso para chamar a atenção daquela mulher, mas quando ela olhou pra mim, não foi nada do que eu esperava.
- Espera. - Ela já estava enrubescida, mas seus olhos brilharam de uma forma muito bonita. Ela olhou ao redor, visivelmente se perguntando se apenas ela estava vendo aquilo. - Ignácio? - Ela soltou os livros, falando muito baixo.
Eu... Eu não sei o que estava esperando, mas certamente não era isso.
- E... Eu?
- Eu... Eu não acredito. - Ela enrubesceu mais forte quando percebeu que eu olhava para a capa de um casal que ela tentava esconder. Escondi o sorriso, mas era impossível. - Mas o show é em três dias! Eu... Eu vou e estou ansiosíssima, não consigo parar de cantar todas as músicas...E estou falando demais e você deve estar cheio de coisas para fazer, ainda mais às vésperas do natal, me desculpe, eu não quero atrapalhar, mas podemos tirar uma foto?
Preparei uma pose de selfie com a câmera e colei nossos rostos propositalmente. Depois do clique, puxei-a, juntamente com seus livros, para um restaurante que tinha motivos natalinos. Ela aceitou de bom grado e pediu para nós um gratinado de frango com noz moscada, que ela disse lembrar muito a receita da avó dela. Enquanto ela falava, eu a observava e cada traço parecia mais interessante.
Os lábios. Os cílios curtos e a boca marcada pelo batom. A pilha de histórias ao seu lado mostrava que ela tinha um lado que sonhava com um romance daqueles para ela.
Joguei os cabelos para trás e ela notou o movimento. Ergui a sobrancelha quando ela pediu a sobremesa e o garçom fez um movimento que era muito típico da minha cidade. E eu sabia exatamente o que ia acontecer.
- Paola, você... Tem problemas em se aproximar de estranhos?
- Eu te conheço a minha vida toda, Ignácio... Mas não, por que?
Coloquei os braços cruzados por sobre a mesa prevendo a atitude do garçom que percebeu meu interesse na moça e projetei meu corpo para frente, para ficar mais perto dela. Ela fez o mesmo, sem saber o que a aguardava.
Quando ele trouxe a sobremesa, colocou um visco sobre nós.
A olhei em expectativa.
Ali na minha frente estava a minha melhor surpresa de natal.
Será que ela me aceitaria como o seu?
Posso ver as nuvens sobrevoando a cidade ainda muito pequena lá embaixo. Essa seria a última cidade da turnê de 2019 e eu já estava divagando sobre as comidas que teriam nessa nova cultura para esse final de ano. Eu e meus companheiros pegaríamos alguns dias de férias por aqui mesmo.
A saudade apertava dos meus pais que ficaram em Bosa, na Itália, mas eu fingia que estava tudo bem mesmo nessa época e seguia em frente, afinal viajar é algo que amo fazer quase tanto quanto cantar. Vejo as mensagens que deixei para trás e ignoro todas elas. Mulheres lindas povoavam meus contatos e me enchiam de convites, os quais eu sempre tinha de recusar devido à minha agenda extremamente cheia nessa tour pela América Latina. No final, eu iria recusá-las, afinal, nenhuma delas conseguia manter uma conversas divertida e agradável por mais de dez minutos, assim que outra coisa se tornava mais interessante, é claro. Não me entenda a mal - eu não sou um rapaz que fica com várias mulheres.... Converso com todas, fico um tempinho a mais com algumas... Mas é só. Não sou muito de namorar... Mas também quando fico, eu gosto mesmo tanto que o meu último relacionamento durou quatro anos e acabou por distanciamento de muitas coisas e não apenas de lugar.
- Ignácio? Mal pousamos e seu celular não pára de vibrar. Quantas você dispensou dessa vez? - Antônio, que todos conheciam por Gianpaolo, me perguntou já desligando o seu telefone.
Eu sorri e ignorei a pergunta. Era sempre a mesma coisa, eram sempre os mesmos assuntos. A nossa união sempre foi algo maravilhoso entre nós, e a cumplicidade que construímos ao longo dos anos é algo que jamais pode ser vendido ou comprado - a verdadeira amizade.
O show seria em três dias e até lá eu tinha algumas coisas para conhecer, alguns lugares para visitar. Assim que saímos do avião, nos dirigimos ao hotel e, deixando minhas coisas lá, saí para espairecer. Como a barba estava por fazer, coloquei um boné e óculos escuros e, de repente, a cidade me parecia muito mais proveitosa.
As cores, as pessoas, a cidade grande era algo que sempre me encantava em nossas viagens. Preparei a câmera para o clique de um prédio alto e dei um passo para frente para o ângulo que seria o perfeito.
Não fosse pelo desastre que eu sou, é claro, tropeçar em algo e cair de joelho, mantendo a câmera no meu peito para que não quebrasse.
O problema é que não tropecei em algo, mas sim em alguém.
E devo dizer que existem alguns momentos que tem o segundo exato de acontecer.
E esse aconteceu com uma mulher muito interessante, diga-se de passagem.
Talvez ela não fosse nada igual aos corpos esculturais aos quais estava acostumado a observar no mundo artístico, e mesmo assim, tinha algo que eu conseguia me identificar, na calça jeans gasta, All Stars nos pés, óculos de grau na ponta do nariz e olhos grandes e castanhos.
Ela estava ocupada demais olhando para a pilha de livros de romance que havia deixado cair no chão e enrubescia enquanto eu pegava aquelas capas com casais e homens sensuais estampando-os. Quando eu vi, já tinha soltado uma risada sem querer.
- Me desculpe, me desculpe.
Fiquei me perguntando se eu poderia ter dado meu sorriso charmoso para chamar a atenção daquela mulher, mas quando ela olhou pra mim, não foi nada do que eu esperava.
- Espera. - Ela já estava enrubescida, mas seus olhos brilharam de uma forma muito bonita. Ela olhou ao redor, visivelmente se perguntando se apenas ela estava vendo aquilo. - Ignácio? - Ela soltou os livros, falando muito baixo.
Eu... Eu não sei o que estava esperando, mas certamente não era isso.
- E... Eu?
- Eu... Eu não acredito. - Ela enrubesceu mais forte quando percebeu que eu olhava para a capa de um casal que ela tentava esconder. Escondi o sorriso, mas era impossível. - Mas o show é em três dias! Eu... Eu vou e estou ansiosíssima, não consigo parar de cantar todas as músicas...E estou falando demais e você deve estar cheio de coisas para fazer, ainda mais às vésperas do natal, me desculpe, eu não quero atrapalhar, mas podemos tirar uma foto?
Preparei uma pose de selfie com a câmera e colei nossos rostos propositalmente. Depois do clique, puxei-a, juntamente com seus livros, para um restaurante que tinha motivos natalinos. Ela aceitou de bom grado e pediu para nós um gratinado de frango com noz moscada, que ela disse lembrar muito a receita da avó dela. Enquanto ela falava, eu a observava e cada traço parecia mais interessante.
Os lábios. Os cílios curtos e a boca marcada pelo batom. A pilha de histórias ao seu lado mostrava que ela tinha um lado que sonhava com um romance daqueles para ela.
Joguei os cabelos para trás e ela notou o movimento. Ergui a sobrancelha quando ela pediu a sobremesa e o garçom fez um movimento que era muito típico da minha cidade. E eu sabia exatamente o que ia acontecer.
- Paola, você... Tem problemas em se aproximar de estranhos?
- Eu te conheço a minha vida toda, Ignácio... Mas não, por que?
Coloquei os braços cruzados por sobre a mesa prevendo a atitude do garçom que percebeu meu interesse na moça e projetei meu corpo para frente, para ficar mais perto dela. Ela fez o mesmo, sem saber o que a aguardava.
Quando ele trouxe a sobremesa, colocou um visco sobre nós.
A olhei em expectativa.
Ali na minha frente estava a minha melhor surpresa de natal.
Será que ela me aceitaria como o seu?
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Deixo a vocês meu desejo de um ótimo natal e quem sabe um presente maravilhoso assim para o nosso coração 😍
8 Comentários
adoro ver seus textos como vc é super criativa, um ótimo Natal muito gostoso pra vc e sua família
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
Feliz natal, Li!! e um ano novo próspero!
ExcluirPâm, nosso último challenge do ano publicado e já estamos nos movendo para os de 2020.
ResponderExcluirSó tenho a te agradecer por essa oportunidade, eu me divirto demais e ainda posso ler seus textos maravilhosos em primeira mão. É muita sorte!
Obrigada!
♥
P.S.: Vem 2020!
É muita sorte, destino ou coincidencia do acaso ter você como amiga e minha confidente dos textos <3
ExcluirVEM 2020
Como você termina a história assim???????? Cadê a continuação? Quero logo uma trilogia!! Hahahahaha..
ResponderExcluirTexto maravilhoso! Li rapidinho sem parar pra recuperar o fôlego.
Acho que vou começar a publicar textos assim no meu blog Universo Invisível também. Aí vão ver só! Hahahahahahaha
Até mais;
Mente Hipercriativa (Blog) || Mente Hipercriativa (Fanpage)
EU QUERO
ExcluirPUBLICA PUBLICA E AVISA NOIS, HELAIIIININHA
Olá!
ResponderExcluirEu amei essa história, até voltei para reler os anteriores porque que história incrível. QUERO MAIS, PLEASE! Parabéns!
Feliz ano novo!
Beijão!
Lumusiando
Uauauaw!
ResponderExcluirMuito boa.. Gostei em como você aproveitou as palavras sorteadas e o finalzinho.. muito bom. No final do ano passado eu tive um debate acalorado com um sagitariano amigo, sobre festa de final de ano.. Mas é um signo muito maneiro kk Estou tentando segurar essa barra que é saber que o tema do challenge mudou e algumas histórias (como essa) vão ficar sem continuação(?!) hahah
Beijocas