[RESENHA] Filha de Woodstock, de Luiza Ten

10:00

Hey cupcakes queridos, como vão? Hoje é dia de resenha de um livro nacional publicado pela Chiado Editora, e com isso, a edição que li é de Portugal. A leitura foi uma experiência um tanto quanto peculiar, mas gosto de pensar que toda leitura é uma experiência diferente, certo? Então vamos para a resenha que foi uma das últimas leituras de 2016!
Sinopse: "Conhece a máxima 'Quanto mais loucos os pais mais caretas serão os filhos' ? Acho que ela se aplica a mim. Quem diria que a junção de uma artista plástica hippie com um fã de Frank Zappa e rock progressivo daria em mim: uma nerd devoradora de livros com Transtorno Obsessivo-Compulsivo e uma timidez patológica? Meus pais me criaram de uma maneira que se alguém me chamar de doida eu sou capaz de responder “Muito obrigada!” pois doideira não é defeito, é uma benção.” Lana escreve diários desde os 10 anos de idade e um dia decide relê-los. Mais madura e já na faculdade, ela relembra as dificuldades financeiras dos pais, as brigas, os momentos felizes, o bullying que sofreu, as paixões platônicas e o florescer de duas grandes companheiras de sua vida: o Transtorno Obsessivo-Compulsivo e a Síndrome do Pânico. Ela vê novamente os momentos de sua vida com nostalgia, carinho e boas doses de ironia e humor.

RESENHA

Vamos começar pelo começo! Antes de tudo, eu não conhecia a autora e nem o livro, mas depois de um contato para resenha, acabei conhecendo ambos e a proposta se mostrou muito interessante! A Luiza é um ser humaninho muito fofo e eu já fui imaginando uma hippie devoradora de livros (isso temos em comum!) com alguns probleminhas psicológicos e que viveria várias aventuras, algo no estilo de Diário da Princesa talvez por ter visto na sinopse que realmente eram tratados em diários. Tive uma surpresa ao ver que não era nada daquilo que eu esperava. Os diários não são divididos em dias como os da Mia, e sim em anos, mas vou comentar sobre isso mais tarde. E é aqui que conhecemos a Lana.
Mas se tem uma coisa muito certa que meus pais me ensinaram é que ser o que você é, mesmo que você seja muito estranho, é a melhor coisa do mundo.
pág. 8
Lana é a mocinha dos diários e acompanhamos ela relendo seus anos desde 2002 até 2013, passando por diversos apertos e apuros, seus anos no Objetivo, assistindo Smallville, tendo paixões platônicas por ídolos do rock, as amigas e as ex-amigas e o dia a dia... Será que tudo isso influenciou realmente no que Lana se tornou hoje? E como ela está hoje? Quais são suas paixões e vícios? Ela continua devoradora de livros? E sua auto-estima melhorou? 
É meio difícil ter uma boa auto-estima quando te chamam de feia diariamente.
pág. 103
Aqui conhecemos uma personagem problemática, não sei se a autora realmente passou por tudo isso, visto que parte dos diários da Lana são inspirados nos dela, MAS Lana passa por cada uma! E a menina tem TOC, tem Síndrome do Pânico, tem vício em astros peculiares (ou viciados demais ou velhos demais ou outros atributos demais) e às vezes eu achava que ela fazia uma tempestade num copo d'água. Talvez por hoje em dia e considerar problema outra escala ou outras coisas, alguns que ela tinha acredito que para a idade em que ela estava realmente eram terríveis, mas algumas coisas pareciam que realmente eram pra chamar a atenção. E isso, sinceramente, em boa parte da leitura me irritava profundamente porque eu não via motivo para ela ficar reclamando tanto da vida quando poderia ser pior além de esperar um grande acontecimento que não chegava.

Acho que uma coisa legal que posso dizer, é que de acordo com o passar dos anos de 2002 em diante, a personagem acaba tratando de muitos programas que tinham na época, muitas séries que passavam na TV aberta, os vícios do momento e mesmo músicas que faziam sucesso o que causou uma sessão nostalgia enquanto li, afinal sei que alguns fatos aconteceram mas não me recordava dos anos em que aconteceram, como o caso da Isabella Nardoni que foi em 2008, isso só para constar porque tem um trechinho do livro que fala também. Mas desde Rouge, época de Jonas Brothers, The OC que passava no SBT... Enfim! Diversos pontos que são considerados positivos por lembrar de uma época que eu não achava ruim e achava bem legal, isso sim. Uma coisa que acho legal que ela fazia é que ao final de cada ano, uma lista de coisas boas e ruins era colocada. Às vezes coisas que achamos bobas, podem sim ser consideradas como boas se aquilo nos fez sorrir e é sempre bom ser mais positiva em relação a vida do que negativa, não? 

Em questão de escrita, eu acho que, devido a estar dividido em anos, isso tenha contado como um ponto ruim na avaliação no livro, afinal muitas coisas acontecem em um ano e os capítulos ficavam em torno de 50 a 85 páginas o que eu acho cansativo, além disso, em um mesmo parágrafo, Lana mudava de assunto em cada ponto chegando a falar de 5 assuntos diferentes, por exemplo - isso me deixava muito confusa na leitura, porque não sabia se aquilo que ela estava falando iria influenciar na continuação do enredo ou era apenas uma colocação que ela queria fazer. Achei a leitura um pouco frustrante do que eu estava esperando, porque esperava grandes acontecimentos que não aconteceram.
Já a capa e a edição são coloridas - a capa é bem rosa choque e as páginas são amarelas o que é um ponto positivo e diferente em relação às muitas edições que vi nesse ano de 2016. Talvez eu tenha estranhado um pouco as margens e os erros de ortografia e gramática que estão presentes na edição e confesso que isso me incomodou na leitura sim, infelizmente, além das divisões já citadas de anos, assuntos e parágrafos.

Para concluir, eu acho que apesar das nostalgias que são um ponto positivo, eu não me senti confortável durante a leitura, infelizmente e talvez não tenha aproveitado todo o conteúdo que me foi apresentado. Apesar disso, como eu já disse, toda leitura é uma experiência e sejam elas boas ou ruins, talvez o momento com o final de curso da faculdade tenha influenciado para que eu não me sentisse tão mais interessada na vida do Ensino Médio da Lana. Dessa forma, gostaria de agradecer à autora a oportunidade pela leitura e me desculpar por não ter sido tão proveitosa quanto eu queria que fosse! rs 

A autora

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Luiza Ten escreve desde cedo. Fazia pequenos livros quando pequena e mantêm diários desde os 11 anos. Já ganhou alguns prêmios literários e seu primeiro livro foi terminado aos 18 anos. Partes do livro “Filha de Woodstock” foram baseadas em experiências suas, pois ela acha que pode ser divertido expor seus sentimentos mais profundos. Mora em São Paulo com a família e diz que a música sempre foi e sempre será sua inspiração.


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4 comentário (s)

  1. Pââââm,
    Eu disse que vinha ler e vim!
    Então, acho que as vezes alguns problemas de revisão de texto podem atrapalhar o conteúdo, né? A história é muito original e talvez se nos fosse apresentada com mais revisão ficasse melhor.
    A capa é bem interessante, porque é preciso analisar os detalhes, realmente chama a atenção!
    Gostei da sua delicada resenha, viu?
    Beeeeijos

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    Respostas
    1. Alêeee minha querida <3
      obrigadaaa <3
      algumas coisas infelizmente acabam atrapalhando o conteúdo mesmo
      mas acredito que a história possa passar por mais revisões fique tudo de bom! hehehe
      verdade...
      Ah ale <3
      fiquei muito feliz com sua opinião, lindona!!

      Beijocas

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  2. Meu deus, rouge!! Tava mexendo no cd delas aqui em casa hoje mesmo hahaha sem dúvida a nostalgia é a melhor parte do livro. Uma pena que o restou deixou a desejar! Provavelmente tenha sido a protagonista e suas reclamações :/

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/

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    1. Carol <3
      Lembra do Rouge? HEHEHEHE ainda sei dançar a musiquinha até agora KKKKKKK
      nostalgia é bom HEHE infelizmente... ACERTOU!!!
      ela é muito novinha no começo e reclama muito KKK mas tudo bem, casos da vida!

      Beijocas

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