[RESENHA] Confinada com o Roqueiro, de Helô Delgado

Hey cupcakes! Hoje é dia de resenha do livro "Confinada com o Roqueiro" da Helô Delgado, o quatro livro da série (Im) Perfeitos

LIVRO Confinada com o roqueiro da Helo Delgado
Arquivo pessoal: Confinada com o Roqueiro

Sinopse: Após um namoro traumático, Quitéria resolveu seguir a vida sem complicações amorosas. É muito mais feliz sozinha, cuidando do sobrinho enquanto sua irmã trabalha como assistente de uma famosa banda de rock. Homens são problema e ela se considera curada dessa dependência. Quem precisa estar num relacionamento para se sentir completa? Ela não! E vai bem, obrigada.
Diego, o baterista da M. Dako, ralou para chegar no topo e não pretende se envolver com nada e nem ninguém que possa atrapalhar seus planos. Não estamos falando somente de música, considerado um dos dez homens mais bonitos do país, divide seu tempo entre a agenda tumultuada da banda, compromissos como influencer e dezenas de mulheres. Ele está ótimo, curtindo a vida como nunca.
Só que a pandemia bate na porta e a M. Dako é obrigada a interromper a turnê.
Para ficar perto da família, Quitéria é convencida a se isolar na fazenda do vocalista.
Diego, pensando apenas em aproveitar o ócio para descansar, aceita o convite e embarca para a quarentena no meio do mato.
O que ela não sabe é que todos os integrantes da banda foram convidados.
E ele não esperava encontrar “pessoas de fora” no seu reduto.

Confinada com o Roqueiro” é o quarto livro da série“(Im)Perfeitos”, que conta a história dos integrantes da banda M. Dako, uma banda de rock brasileira muito famosa. Apesar de fazer parte de uma série, pode ser lido como livro único, entretanto para conhecer os personagens desde o início é recomendável seguir a ordem cronológica. Cada integrante, assim como o segurança pessoal do vocalista, tem um livro contando a sua história. Até o momento, quatro volumes foram publicados e em breve o quinto será lançado.

RESENHA

Devo começar dizendo: temos mais uma vez a narrativa da Fã Número 1 iniciando o livro, o que me faz ficar pensando a todo momento: onde ela está, quem será ela? Me lembra muito aquela incógnita a la Lady Whistledown que deixa a gente na curiosidade e dá um alívio cômico para a leitura, eu diria que, até, deixa mais dinâmico com essa personagem irreverente e misteriosa que nos acompanha desde o primeiro livro da série.

Mas é aquilo, as pessoas são mais do que aparentam, às vezes, o que vemos é somente uma máscara.

Mas dessa vez vamos conhecer um pouco da história de Quitéria, a irmã de Keila que conhecemos em Por Trás dos Holofotes e Nos Bastidores, e agora o holofote está na moça, que também tem uma história que me tocou o coração. 

— Quem gosta de ler, de verdade, nunca se cansa. No máximo tem uma ressaca, que cura rapidinho com outro livro.
— Ressaca de livro? — Lu desata a rir.
— Conta outra.
Cássio balança a cabeça.
— Vocês não entendem, não vou perder saliva explicando

Quitéria, irmã de Keila, até então, é uma moça mais fechada, a loira apaixonada pelo sobrinho que não gosta de se expressar com muitas palavras e mais "na dela" e que se recusa a dar uma oportunidade a qualquer homem para um novo amor, devido ao seu último relacionamento um tanto quanto conturbado. 

[...] estragada para o amor, estou quebrada por dentro. No meu coração não há espaço para ninguém, só para mim, e eu me amo acima de tudo.

Diego é o baterista da M. Dako e está acostumado a farra, mulheres e curtição. Isso até o confinamento deixá-lo em uma fazenda no interior da cidade, longe do COVID e das multidões. Mas duvido que isso possa ser algo tão ruim até conhecer Kit, a Quitéria, e sentir o quanto a atração está o consumindo. Ela é linda e tão difícil de se aproximar, que isso aguça o baterista de tal forma que não se torna apenas a tensão sexual, mas ela chama a atenção dele de uma forma incomparável. E estar confinado com a moça pode ser uma alternativa que nenhum dos dois estava esperando.

Como ela pôde tirar conclusões sobre o que sou, o que faço ou o que valorizo sem ao menos me dar a chance de mostrar quem eu sou?

Nessa história temos um pouco de romance que vai sendo construído aos poucos, temos um pouco de enemies to lovers, tendo nosso alívio cômico da banda, o mistério da Fã Número 1 e também a curiosidade sobre o passado de Quitéria e a construção de Diego, que esconde um lado inesperado. Particularmente me apaixonei, porque apesar de ter temas mais densos, é de uma forma que aquece nosso coração e abre nossos olhos para esses pontos que são importantes.

—Sou um ano mais velho que você! — o baixista reclama.
— Irrelevante, a sabedoria vem da alma.
— Argh, não começa!

Devo dizer aqui, que apesar da pandemia ainda estar ativa no mundo e no Brasil, e sim, é um marco doloroso na história das nossas vidas, gosto da licença poética que a Helô utiliza para deixar a história de uma forma que aqueça e não machuque nossos corações: ela tem o cuidado e a delicadeza de falar sobre a pandemia, na pandemia, de uma forma mais leve, não tirando a sua importância, mas apenas de uma forma que podemos abstrair de uma forma acalentadora nos seus livros de romance. Ainda assim temos tema como relacionamentos abusivos e não-abusivos, segundas chances, opiniões alheias e o impacto de ser celebridade.

Tenho certeza que existem fantasmas no seu passado que, provavelmente, você trancou aí dentro e não revelou para ninguém. Você finge bem.

Nossos personagens queridos estão aqui: confesso que Cássio me deixou curiosíssima para sua história porque ele é o nosso leitor ávido e é igualzinho a nós leitoras e leitores; Murilo está para nos dar mais risadas mesmo falando "sério", Keila, Levi, Benício e toda turminha da M. Dako. Sabe aquele comfort book? Pra mim foi esse livro. Estou (ainda) passando por uma longa ressaca literária, mas esse livro me ajudou a ficar com vontade de ler, os capítulos são muito dinâmicos e passa tão rápido que quando você vê, tá triste de novo porque acabou a leitura rsrsrsrsrs Pode mandar mais um, Helô?  

Ela não tem culpa da minha noite em claro, muito menos dos meus problemas pessoais. No entanto, é culpada por me fazer sentir.

Nesta trilha sonora, eu particularmente me apaixonei outra vez, tanto que fiquei ouvindo várias vezes antes e depois. E imagino que não seja uma tarefa fácil encontrar as letras, músicas e melodias, mas Helô  faz isso com maestria e eu diria, uma naturalidade, valorizando não somente a nossa música brasileira, mas trazendo também músicas internacionais que ficaram na memória e nos corações.

— Sendo bem franca, compreendo a reticência em deixar que homens se aproximem, mas isso precisa mudar. — Não com o Diego. — Pode ser qualquer membro da M. Dako ou qualquer outro, só que você tem que estar disposta a aceitar novos sentimentos, sem se esconder.

Confinada com o Roqueiro é um romance para se apaixonar com leveza, de uma forma que você vai sentir seu coraçãozinho mais leve, mas que abre os olhos para temas importantes e ainda te deixa na curiosidade para o próximo livro: PODE PUBLICAR LOGO, HELÔ, TÔ LOUQUINHA E NO AGUARDO!

confinada com o roqueiro helo delgado

Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐💓

A série inteira está disponível no Kindle Unlimited!

2 comentário (s)

  1. O MELHOR LIVRO DA SÉRIE! Em disparadoooooooooooooo!
    Ok, sou apaixonada pelo trabalho da Helô e com esse não poderia ser diferente, mas lembro quando ela mandou mensagem: você só vai ler quando lançar. E eu não entendi nada, né?
    Mas ai quando peguei pra ler, sabia que ela tinha dito aquilo porque é IMPOSSÍVEL parar de ler, kkkkkkkkkkkkkk.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. EU ESTOU APAIXONADA
      PRECISAMOS DO PRÓXIMO PRA ONTEM, NÉ AMIGA?

      Excluir