Hey cupcakes! Como vocês já sabem, eu e a Alê do blog Estante da Alê anualmente preparamos com muito carinho um desafio de palavras durante o ano todo, onde podemos nos desafiar e trazer um texto diferenciado no conteúdo dos nossos blogs. No ano de 2021, fizemos alguns clichês que amamos - cada mês um tema. E, nesse ano, os clichês continuam, porque tem muito clichê e muitos crushes! Os temas são diferentes e esperamos que vocês possam curtir e continuar nos acompanhando no Insta Rascunhando Memórias. Que tal conferir o nosso tema da vez na minha versão de um Cowboy bem interessante?
Continue lendo para conferir!
Põe pra tocar: Pra que juízo? - Henrique e Juliano
Personagem Feminina: Juliette
Não é possível. Não me conformo.
Era pra ser SÓ uma noite de sertanejo com as amigas e NADA mais.
Nada além disso.
Mas claro que tinha que me aparecer uma figura dessas. Tudo para atrapalhar minha noite e embaçar minha visão para os possíveis bofes... Só que não existem possíveis bofes que não fossem... Ele. Como poderia, né?
Vai, mana, me entenda. Esse é tipo certeiro de homem que não deveria É NUNCA cruzar meu caminho.
E o que aconteceu? Cruzou na primeira oportunidade. Que diacho!
Mas com aquela calça jeans abraçando as coxas muito bem torneadas, diga-se de passagem, a camiseta xadrez preta com um botão a mais aberto e, além disso, a fivela do último rodeio, faziam o conjunto perfeito para entrar como o líder do "bando" de homens e chamar a atenção de todas as mulheres presentes no recinto, óbvio.
Com exceção da minha.
A não ser para promover risadinhas e falar o quão ridículo ele era. Ou estava, com aquele fivelão... Afe!
Mas... A quem eu quero enganar, né?
Depois que chegou no bar, pediu cerveja para os amigos, porque disse que era o motorista da noite, eu simplesmente esbocei mais que uma simples reação de indiferença. Colocou o chapéu no balcão.
Cadê o copo de cerveja na mão? O chopp? Pedir um copo do litrão? O cowboy tá descontruído, meu Pai. E cá entre nós, eu adoro um cowboy.
Mas nada. Nem cheiro de fumaça esse homem tinha. Só um perfume gostoso que nem ele. Visse, mainha!
Arqueei minhas sobrancelhas e tomei um gole da minha água com gás com muito limão.
— E aí, morena... Acho que nunca te vi por esses lados. — Ele me olhou de cima a baixo e virei para o outro lado. Não sei porque inventei de usar vestido curto logo hoje. Bem que Carolzinha me avisou...
Ignorei, porque ele certamente não deveria estar esperando uma resposta. Mas claro que o bonitão estava.
Aliás, eu já mencionei que ele era BEM bonitão? Cabelo castanho, olhos tão escuros que me faziam pensar em desejo e a barba por fazer. Sério, por que tinha que ter uma barba por fazer, pra ajudar? Esse ponto entra para a coleção de atributos físicos que mexem com meu psicológico e isso é uma coisa, sabe porque? Porque NÃO PRESTA.
— Eu tô falando com você, morena... — Ele enrolou uma mecha do meu cabelo na ponta do seu dedo, tentando mais uma vez, e olhei para onde ele estava tocando em meu ombro. Arqueei ainda mais a sobrancelha, como se isso fosse possível. — Espera.... VOCÊ TÁ GATA PRA CACETE, VEM AQUI!
Ele me puxou para um abraço de urso e pude sentir tudo que não deveria: pele macia, o perfume perto, barba roçando no meu pescoço quando ele me puxou e sussurrou no meu ouvido, enquanto eu empurrava ele e.... — Mariazinha!
Ah, não...
Parei no lugar.
Só quem me chamava de "Mariazinha" era o ...
— LUIZ RICARDO? SEU CABRA DA PESTE!!!!
Pior que eu o conhecia, só que ele estava muito diferente. E fazia muito tempo que não o via.
O melhor amigo do meu irmão.
NÃO PODIA SER!
Aí que empurrei ele de vez, mas para encarar o diacho de frente. Maria, Jesus e José...
— SHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.... — Ele colocou o dedo em riste na minha boca, demorando o olhar nos meus lábios. — Ricardão, gata. Só Ricardão pra você agora.
Desde quando esse homem vem com isso pra cima de mim, visse? Foi nesse momento que eu tive um ataque de riso.
— Abandonou seu antigo nome, é? — Falei sussurrando, voltando à minha "bebida". Minhas amigas estavam na frente do palco do cantor sertanejo do momento. Gustavo Zanotto, ou algo do tipo. — Ricardinho do palito...
Fiz uma careta de dentinho e ele começou a gargalhar.
— Você acha mesmo que alguém iria me dar moral se eu aparecesse com aquele nome de novela mexicana? — E o dedo na minha boca. — E nada daquele apelidinho sem vergonha que você me deu.
Ele continua puxando o "R" no "vergonha". Fofo. Dei de ombros. Não me interessa. Para ser bem sincera, se ele tivesse ficado de boca fechada, ele poderia ter o nome de um planeta do sistema solar, que eu não me importaria de dar uns beijos nele, porque eu nem o reconheci... Mas agora é só o Luiz Ricardo.
Perdeu a originalidade.
— Perdeu a fala?
— Oxe, homem... — Afasto a mão dele. — Eu só não tenho nada pra falar.
— Mariazinha, você é tagarela. Sempre tem alguma coisa pra falar. — Bufei. Algumas coisas não mudaram, mesmo ele estando fisicamente bem diferente. Ele falou alguma coisa com seus amigos e me puxou pela cintura com um toque suave que não reconheci. — Vem cá, vem dançar comigo.
— Como tu sabe que eu não vou te enxotar? Eu nem sei se quero dançar... — Ele continuou me levando para mais perto da música, porém, ainda longe das minhas amigas. Vi Carolzinha me observando, assim que o show terminou e fiz um joinha com uma piscadinha, dizendo em código que estava tudo bem. Esse doido não faria nada que eu não quisesse. O problema é que... Eu não tinha certeza de que não quereria.
— Primeiro: porque seu irmão não está aqui... — Ele pontuou pegando minha mão e acariciando minha cintura com a outra. — Segundo: porque você ama essa música. — Não pude evitar um sorriso. Tá vendo como é cabra da peste? — E terceiro...
Como ele se lembrava? Ele fez o passinho que eu costumava dançar sozinha nas festas que meu irmão era obrigado a me levar.
Cadê meu juízo depois disso?
— Você aprendeu a dançar, Luiz Ricardo!
Ele me deu um sorriso sacana, meio de lado.
— Agora você quer dançar comigo, morena?
Não pude evitar um sorriso.
— Só se for até amanhã.
Ele passou a barba pela minha bochecha e depositou um beijo no meu pescoço
— Tudo que você quiser, morena.
O cowboy vai te pegar começou a tocar e a noite? Prestes a começar.
10 Comentários
Oi, Pamela. Como vai? Ficou ótimo o texto, viu. Você como sempre arrasando em suas histórias. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Obrigada Luciano!!
ExcluirO engraçado desse texto é que parece que foi ontem que você o escreveu, porque eu lembro muito dos seus surtos com Juliette e Bill. kkkkkkkk
ResponderExcluirO que se tornou Jadré pra mim hoje. Loucura como o mundo dá voltas e a gente fica com boas lembranças. Porque mais que um texto, essa sua história representa um pouco nossa amizade, que respeita os shipps e ainda incentiva a gente a surtar cada vez mais. Então, obrigada por colocar nossas "expectativas" em um texto tão gostoso e envolvente.
GRANDE BEIJO Pamzinha
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Nossa, como passou rápido, né Ale? rsrsrs
ExcluirOBRIGADAAA POR SER MINHA GRANDE INCENTIVADORA, AMIGA ♥
Oi Pâm! Que texto leve, divertido e charmoso. Deu até vontade de saber mais desse casal, pois está na cara que formaram um belo casal. Eu adorei. Bjos!! Cida
ResponderExcluirMoonlight Books
uma gracinha, né? fiquei apaixonada, de verdade
ExcluirOie, adorei como ficou, arrasou!!
ResponderExcluirBjs
Imersão Literária
Obrigada!!!
ExcluirOlá, Pâm.
ResponderExcluirMais um texto excelente, parabéns. Acredita que não leio muito histórias de cowboys? Como tenho medo de cavalos, procuro ficar longe desse tema hehe.
Prefácio
hihihihihihi
Excluirttem uns apaixonantes, hehehehe