Hey cupcakes! Hoje é dia de Words Challenge, o desafio das palavras criado com a amiga querida e blogueira Alê do Estante da Alê. Esse tema foi felicidade e deveríamos ter mais diálogos... Será que a gente conseguiu? Que desafio hein! Não esqueçam de conferir no blog dela, também! Então cupcake, vem conferir se a gente conseguiu fazer um dos desafios mais desafiadores!
O desafio
O Desafio das Palavras consiste em escolher cinco palavras totalmente aleatórias e produzir um texto.
E as palavras?
Palavras: simplicidade, autonomia, direto, pão e box
Adicional: devem existir diálogos
Mas e o resultado?
Tema: Felicidade
Palavras:
simplicidade,
autonomia,
direto,
pãoe box
Adicional: devem existir diálogos
Dizem, e isso muitas pessoas dizem, que a felicidade às vezes bate na nossa porta. Sem hora pra chegar. Sem hora pra sair. E querendo sempre ficar. É isso que diz aquele ditado, era aquilo que falava naquela música que eu sempre ouvia no pôr-do-sol de outubro.
- Tu tá falando sozinha?
Foi assim que eu me ouvi sendo questionada, naquela voz malandra e suave que eu mal conhecia mas que fazia cócegas no meu esôfago.
- Eu? Não...
- Eu podia jurar que eu vi você falando sozinha. Igualzinho na terça-feira. Você estava numa louca discussão sobre amora e goiabada.
- Eu não tenho culpa se goiabada me deixa em dúvida por causa de Romeu e Julieta.
- E amora?
- Vou contar pra sua mãe que você namora...
- Bem que poderia, mas ela não colabora... - Ele lançou um olhar demorado em minha direção e voltou a atenção para a página que estava preenchendo. Tudo indicava que ele também estava respondendo o questionário para o TCC de algumas alunas de Física enquanto eu respondia para as meninas de Comunicação Visual. Aquela biblioteca estava cheia desses grupos de último ano de faculdade, desesperadas por uma válvula de escape para fugir do trabalho de conclusão. Minha válvula de escape no momento tinha olhos verdes, uma barba por fazer e um sorriso torto que era muito charmoso. - Mas se colaborasse, amora ou goiabada?
- Goiabada. Com queijo. Igual Romeu e Julieta.
Espera. Ele estava sendo direto como eu achei que pudesse ser? Desviei o olhar e percebi que, na verdade, aquilo poderia ser apenas coisa da minha cabeça. Outra bobagem.
Mas eu já havia visto aquele menino por ali, no mínimo há um ano, para saber algumas das características dele. Ele sempre levava um pão com requeijão para comer na sexta-feira e comia sozinho no jardim da faculdade, ali na penumbra mesmo. Ele tinha a mania de raspar o cabelo quando estava muito comprido e deixar a barba por fazer, naquele estilo eu-sei-que-você-me-quer mas parecendo não ligar realmente para isso - e talvez ele não ligasse. Ele fazia Economia e estava no terceiro. Ele dava aulas gratuitas de matemática mas sempre precisava de uma cobrança a mais no inglês. Ele tinha uma pinta na maçã do rosto e cílios grandes que fariam qualquer garota sentir inveja por não ser rímel.
Mas eu já havia visto aquele menino por ali, no mínimo há um ano, para saber algumas das características dele. Ele sempre levava um pão com requeijão para comer na sexta-feira e comia sozinho no jardim da faculdade, ali na penumbra mesmo. Ele tinha a mania de raspar o cabelo quando estava muito comprido e deixar a barba por fazer, naquele estilo eu-sei-que-você-me-quer mas parecendo não ligar realmente para isso - e talvez ele não ligasse. Ele fazia Economia e estava no terceiro. Ele dava aulas gratuitas de matemática mas sempre precisava de uma cobrança a mais no inglês. Ele tinha uma pinta na maçã do rosto e cílios grandes que fariam qualquer garota sentir inveja por não ser rímel.
- Talvez você não goste da goiabada. - Repliquei, implicante.
- Mas talvez você não goste de queijo. E mesmo assim goste de goiabada com queijo. Porque é uma combinação incrível que explode na boca e tem gosto de quero mais. Tem gosto de nostalgia. Tem, certamente, um gosto a mais.
Esperto. Apesar de suas notas de português instrumental, ele tinha certa autonomia no vocabulário falado, sabia muito bem usar as palavras. Ele sabia o poder que elas tinham se combinadas de um jeito certeiro.
- Pode ser. Agora se me der licença, eu preciso ir embora. - Fingi que estava completamente alheia a tudo que ele havia me dito e não que as palavras dele martelavam como um prego na minha cabeça.- Bem, eu acho que se tivesse realmente de ir, você teria me deixado falando sozinho, visto que já terminou seu questionário faz alguns minutos.
Por que parecia que ele via algo em mim? Ou observava demais? Com toda aquela simplicidade... Ele já tinha toda minha atenção. Com todo aquele brilho nos olhos, eu não conseguia tirar os meus dos dele, só querendo observar. Captar tudo que eu não havia percebido antes.
- Você é bem engraçadinho, não é mesmo?
- Eu sou um box de coisas, posso ser aquilo que você quer que eu seja... Ou posso ser só mais um queijo sem goiabada qualquer.
- Bem, foi você que disse que não gosta de goiabada...
- Você não gosta de queijo...
- E misturado... Será que dá certo?
✪✪✪
2 Comentários
QUE VERGONHA!
ResponderExcluirEu não consegui escrever... ME PERDOA!
Quero tentar para semana que vem, já que ainda hoje tenho exames e nem vou ter tempo :(
beeeeeijos Panzinha
Espero que esteja bem, minha querida <333333
Excluirmagina, vamos segurar até sair o seu, sem pressa, viu? <3
beijocas, saudades!!!!