Hey cupcakes! Hoje é dia de mais um texto! Como o blog é literário e estamos sempre lidando com as palavras, hoje eu vou publicar um texto que escrevi há uns tempos mas que encontrei perdido nas minhas anotações. Fiz alguns ajustes e acho que pude aproveitar alguma coisa... Vamos conferir?
O menino que não sabia escrever
Um momento. Mais uma respiração e um esforço que parecia ser em vão novamente. Ele tenta mas não reconhece um milímetro do que escreveu no papel. Mais uma vez ele tenta e não consegue fazer com que o lápis dê algum sentido ao que estava fazendo. Que tal mais uma tentativa? - ela pergunta para ele mentalmente mas inutilmente: ele não ouve pensamentos. Ele não ouve os seus pensamentos. O garoto não fazia a mínima ideia de como faria para escrever letras ou palavras, grandes textos e construção completa e com coerência. O que era coerência? Não fazia a ideia de como o amor à escrita podia regozijar uma pessoa exatamente da mesma forma como os amantes de números se sentem extasiados ao completar uma equação de infinitos graus. Não fazia ideia de como o prazer na leitura fazia bem assim como aqueles que pintam sentem ao terminar sua obra... Ou ainda, aqueles que cozinham e percebem, ao terminar, que o esforço em um belo prato saboroso valeu muito a pena. Ele não entendia como começar uma palavra poderia fazê-lo desbravar esses e outros mundos.
A professora o instruía, a mãe o incentivava e nada desse menino conseguir escrever. Nem mesmo seu próprio nome. Uma garotinha pequena que sentava ao seu lado, e era apenas alguns meses e dias mais nova, já lia pequenos livros de cem a cento e vinte páginas - em uma velocidade baixa mas ainda assim, um grande avanço - e nada desse menino progredir no aprendizado. Não até que ele fosse obrigado a pedir a essa garotinha que pegasse a borracha que havia caído aos seus pés e era dele. Nada progredia até esse dia. Ele descobriu seu nome e acenou.
Um momento mais tarde, em que a raiva deu lugar a sanidade, algo mudou.
No momento de frustração daquele dia, ele jogou o caderno para o outro lado do pátio. Bufando. Quase soltando palavrões que ouviu seus colegas falarem num outro dia. Uma menina, a mesma menina, se aproximou. As bochechas rosadas e um sorriso singelo no rosto. Ela se sentou ao seu lado. Aguardou silenciosamente até que o rosto lívido do menino se tornasse um tom rosa bebê e falou :
- Você não sabe escrever? - perguntou a pequena, curiosa ao vê-lo rabiscar uma folha no caderno que havia acabado de pegar mais uma vez.
- Você também vai rir de mim ? - ele questionou porque era isso que todas as outras crianças faziam.
- Não. Eu vou te ensinar. - Ela pegou sua mão e arrastou o grafite pela linha, escrevendo seu próprio nome. Ela lhe explicou as letras e algumas palavras que ele mesmo não sabia o significado. Ela falava de uma forma simples e tão sincera que não havia dúvidas, tanto no ensinar quanto no aprender. Ela ensinou ele a entender seu próprio nome e significado e também a escrever o nome dos seus pais. Ela o ensinou a ler, a entender o significado das palavras - que agora faziam muito mais sentido do que os números, mas todo mundo precisa começar de algum lugar. Ela o ensinou muito mais do que as concordâncias verbais e os verbos. Bem, talvez ela tenha ensinado um verbo em especial... Mas esse já não era mais o menino que não sabia escrever.
Ele se tornava aqui, o menino que aprendia a amar.
Um momento mais tarde, em que a raiva deu lugar a sanidade, algo mudou.
No momento de frustração daquele dia, ele jogou o caderno para o outro lado do pátio. Bufando. Quase soltando palavrões que ouviu seus colegas falarem num outro dia. Uma menina, a mesma menina, se aproximou. As bochechas rosadas e um sorriso singelo no rosto. Ela se sentou ao seu lado. Aguardou silenciosamente até que o rosto lívido do menino se tornasse um tom rosa bebê e falou :
- Você não sabe escrever? - perguntou a pequena, curiosa ao vê-lo rabiscar uma folha no caderno que havia acabado de pegar mais uma vez.
- Você também vai rir de mim ? - ele questionou porque era isso que todas as outras crianças faziam.
- Não. Eu vou te ensinar. - Ela pegou sua mão e arrastou o grafite pela linha, escrevendo seu próprio nome. Ela lhe explicou as letras e algumas palavras que ele mesmo não sabia o significado. Ela falava de uma forma simples e tão sincera que não havia dúvidas, tanto no ensinar quanto no aprender. Ela ensinou ele a entender seu próprio nome e significado e também a escrever o nome dos seus pais. Ela o ensinou a ler, a entender o significado das palavras - que agora faziam muito mais sentido do que os números, mas todo mundo precisa começar de algum lugar. Ela o ensinou muito mais do que as concordâncias verbais e os verbos. Bem, talvez ela tenha ensinado um verbo em especial... Mas esse já não era mais o menino que não sabia escrever.
Ele se tornava aqui, o menino que aprendia a amar.
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Ah! O que me faz lembrar: se você está buscando ótimos descontos em várias lojas de vários ramos, seja inspirado pelo texto e venha conferir alguns cupons!
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8 Comentários
Nossa que texto maravilhoso <3 O modo como escreves cativa mais o leitor, meus parabéns! Que tal uma continuação? iria adorar.
ResponderExcluirTem post novo, da uma passadinha lá no meu blog.
Beijos
Palavras ao vento
Hey Nat!!!
ExcluirObrigada <33
Nossa, fiquei muito feliz com seu comentário, sabe que nunca tinha pensado numa continuação? HEHEHEH
quem sabe? ;)
beijocas
QUE LINDOOOOO! Amei amei, sou sua fã Pamzita kkkkkkk adorei demais, um texto singelo e de enorme significado, muito lindo mesmo!! <33 e olha que pelo título eu imaginei que fosse resenha de algum livro mesmo hahaha amei, quero mais textos!
ResponderExcluirxx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br
Obrigada Carolzitcha <3333
ExcluirGostou da surpresa? rsrsrsr
obrigada obrigada, as vezes o que precisamos é isso mesmo, uma coisa simples e tão significativa <3
Vamos colocar maistextinhos simmmm <3
beijocas
Oi, Panzinhaaa
ResponderExcluirQue texto mais amorzinho, estou gostando ver!
Como uma atitude generosa pode mudar as coisas, né? Às vezes tudo o que a gente precisa é de alguém que tenha paciência e que acompanhe nosso ritmo.
Beijos
- Tami
http://www.meuepilogo.com
Hey Tami queridona <3
ExcluirObrigada!!! <3
Isso é verdade, as vezes só precisamos de um olhar com mais atenção ;)
beijocas!
AI MEU CORAÇÃO!
ResponderExcluirVocê tem um dom, Pâm.
Eu te falo isso e talvez você não leve tão a sério, mas é a pura verdade, se você se dedicar vai ter obras maravilhosas. E saiba que eu estarei como a leitura beta oficial. Preparada para o que você precisar! <3
Ai Alê *-* É tão bom, tão feliz ver isso, meu coração transborda de alegria!
ExcluirSou muito grata por suas palavras, seus textos e sua amizade para dizer "vamos fazer outro words challenge?' <3
muito obrigada!!!!
beijocas