[RESENHA] Jackpot, de Nic Stone

06:30

Hey cupcakes! Hoje é dia de resenha do livro Jackpot da autora Nic Stone publicado pela Editora The Gift Box, disponível em formato físico e digital.

TítuloJackpot
Série: -
Volume: 1
Autor: Nic Stone
Páginas: 400
Editora: The Gift Box
Gênero: Ficção / Young Adult / Literatura Estrangeira

SinopseConheça Rico: estudante do Ensino Médio e caixa do turno da tarde em um posto de gasolina, que depois da escola e do trabalho, corre para casa para tomar conta do irmão mais novo. Todo. Santo. Dia.Quando Rico vende um bilhete premiado de loteria, ela acha que talvez, sua sorte finalmente mude, mas apenas se — com alguma ajuda de Zan, seu colega de classe insanamente rico e popular — puder encontrar a dona do bilhete, que não apareceu para buscar o prêmio. Mas o que acontece quando os que têm e os que não têm se encontram? Essa dupla de investigação irá se unir... ou se dividir?
Nic Stone, autora best-seller do New York Times com "Cartas Para Martin" e "Odd One Out", criou dois personagens inesquecíveis em uma história contundente sobre classe, privilégio, dinheiro — seja ele de mais ou de menos — e como fazer sua própria sorte.

Continue lendo para conferir a resenha sem spoilers!
RESENHA

Jackpot é um livro delicioso e na pegada vida real que pode acontecer - ele se encaixa na categoria Young Adult (Jovem Adulto), mas eu diria que não tem restrições de idade porque levanta questões que são para todas elas: dependendo de quando você ler, vai interpretar as lições de formas diferentes e com certeza algumas você vai querer levar pra sua vida.

Ter “perigo” como sobrenome seria legal se não fosse um nome tão impróprio.

Aqui vamos conhecer a história de Rico Danger, uma garota que tem a adolescência difícil, por mais que esteja em um bairro "bacana" da cidade. Ela trabalha na conveniência de um posto de gasolina e é quase natal quando uma senhora entra pela porta e escolhe um bilhete de um prêmio que é como se fosse a nossa Mega Sena aqui. Tudo bem, é só mais um dia normal, até que ela descobre que o bendito bilhete para a senhorinha pode ser o bilhete premiado e é aí que ela embarca em uma jornada ao lado do doido (ou fofo?) do Zan em busca da dona do bilhete, para garantir o prêmio da loja.

Quando você vive na corda bamba como minha família, não há nada pior do que ter a esperança, mesmo a menor que fosse, sendo jogada nas pedras no caminho da vida.

Outra coisa bem legal do livro são as lições ao longo da narrativa: 𝐧ã𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐬𝐞𝐫 𝐭ã𝐨 𝐨𝐫𝐠𝐮𝐥𝐡𝐨𝐬𝐨𝐬, não é errado assumir que temos problemas e fraquezas, porque todos somos assim. Não é porque alguém tem dinheiro, que ela vai ser de tal forma, 𝐧ã𝐨 é 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮é𝐦 𝐧ã𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐝𝐢𝐧𝐡𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐚𝐢 𝐚𝐠𝐢𝐫 𝐝𝐞 𝐭𝐚𝐥 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚. 𝐃𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐫𝐞𝐥𝐢𝐠𝐢õ𝐞𝐬 𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚𝐬 𝐜𝐮𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚𝐬 também é abordado aqui e AMEI ter 𝐞𝐬𝐩𝐚𝐧𝐡𝐨𝐥 no meio, porque eu estudo a língua e adoro saber coisas que não conhecia sobre ela.
Algo que me tocou e que o livro levanta é: até que ponto vamos além pelo dinheiro. Ele realmente é tão importante? Como agiríamos se tivéssemos uma quantia tão exorbitante em mãos? Será que já paramos para pensar nas consequências da ganância e do poder que ele pode gerar? E ainda: a gente já parou para pensar em como nosso dinheiro faria a diferença na vida de outra pessoa?

Sempre dei o meu melhor para manter a cabeça baixa — o que é algo fácil de fazer quando parece que ninguém percebe que você existe (...)

Claro que muitos segredos vão sendo resolvidos/revelados ao logo da narrativa e uma das coisas bacanas que gostei, foi o ponto de vista dos objetos, que em teoria, não inanimados, uma vez que abre o leque dos cenários e, no final, liga com toda a história. Por exemplo, o bilhete premiado tem seu ponto de vista que é muito importante, diga-se de passagem, para a história e isso é tudo que posso dizer sem oferecer mais spoilers.

Há poucas coisas piores para uma criança pobre do que criar coragem para ter esperança e depois vê-la ser pulverizada em partículas subatômicas sob o peso de (outra) decepção.

Se você está numa vibe de muito romance devo dizer: esse livro não contem muuuito romance. Eu diria que é algo bem leve, mas que é condizente no contexto e tem um seguimento suave por aí. O livro é mais jovem, os personagens são adolescentes, mas não se engane: eles não tem problemas imaturos e a história também não é imatura e vendo minhas notas do livro devo dizer: a autora tem diversas referências durante a narrativa e uma das que eu peguei e achei muito divertida, foi a do Windows. 😹

Quem consegue entender esses humanos e o tanto de emoções que eles têm?

Jackpot é um livro para brancos, negros, amarelos, pardos, católicos e protestantes, ricos e pobres e traz diversas reflexões com um olhar inocente porém pé no chão, intercalando as visões entre humanos e não humanos, falando sobre dinheiro, saúde, família, sorte e o real significado dos nossos dias.

Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐ (4,5)


O livro também está disponível no Kindle Unlimited 💜

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13 comentário (s)

  1. Oi, Pâmela. Como vai? O livro parece ser muito bom, não é mesmo! Ainda bem que a experiência foi agradável e boa para você. A resenha está ótima também. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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  2. Oi Pâm,
    Eu gostei muito da sua resenha e fiquei curiosa com o enredo, mas me perdi entre a sinopse a resenha, parece que são livros totalmente diferentes hahaha que doido, por isso que não leio sinopse.

    Paraíso das Ideias

    Beijokas

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  3. Oi, Pamzinha!

    A capa me lembrou a de Sábado à noite hahah fiquei interessada com a premissa, adoro livros yound adult, um dos meus gêneros favoritos, e sua resenha me deixou com bastante vontade de conferir melhor a obra!

    xx Carol
    https://caverna-literaria.blogspot.com/

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    1. Nossa, sabe que lembra mesmo? rsrsrsrs
      OBAAAA
      obrigada Carolzinha!

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  4. Oi!
    Pela capa eu jurava que o livro era um new adult, mas que bom que pelos temas tratados é uma leitura válida para todo mundo!

    Beijão
    https://deiumjeito.blogspot.com/

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  5. Olá, Pâm.
    Eu já li dois livros nessa vibe de bilhete premiado. Mas esse não chamou muito a minha atenção no momento. Quem sabe eu leia futuramente. Eu não suporto essas pessoas que não tem onde cair morta mas o orgulho é maior que ela.

    Prefácio

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    1. ah é??? Acho que ainda não tinha lido nenhum no estilo... Interessante! :D

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  6. Oi, Pâm
    Eu vi o livro quando ele foi lançado mas eu confesso que as obras YA não tem me chamado tanta atenção ultimamente, acho que não estou na vibe. Mas eu guardo a indicação para quando quiser ler algo inspirador. Achei essa capa muito linda!
    Beijo
    http://www.capitulotreze.com.br/?m=1

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    1. opaaa!
      A capa é lindona, né? Foi um trabalho muito especial da editora ♥

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